Mulher!

Conta a História que, no dia 8 de março de 1857, as operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque decidiram fazer greve, ocupando as suas instalações como forma de reivindicarem a redução de um horário de mais de 16 horas de trabalho por dia e melhores salários. Como resposta, foram fechadas na fábrica onde, entretanto, deflagrou um incêndio que acabou por consumir a vida a cerca de 130 mulheres.
O caso fez eco durante os anos seguintes, fazendo elevar, um pouco por todo o mundo, o tom das vozes que clamavam o respeito e direitos mais justos para as mulheres.
Em 1910, numa conferência internacional de mulheres realizada na Dinamarca, decidiu-se assinalar o dia 8 de Março, dia do fatal acidente daquelas mulheres lutadoras, como «Dia Internacional da Mulher».
Sabemos que a data marca uma posição simbólica no calendário, pois não foi declarada como feriado oficial. É uma forma de chamar a atenção para o papel e a dignidade da mulher como pessoa, o seu papel na sociedade, contestar e rever (pré)conceitos e limitações que lhe são impostas devido ao peso dos anos de governo masculino porque entendido como o género mais forte.
A responsabilidade de garantir que a igualdade de oportunidades e de tratamento social e económico seja alargada a ambos os sexos deve cair sobre os ombros de todos nós, cidadãos socialmente ativos, mas muito particularmente sobre os de cada mulher, de modo que sejam capazes de afirmar e confirmar a sua presença como agentes com capacidades válidas para operar no processo de evolução da história.

A nossa homenagem, este ano, é feita através da publicação do filme Maria Vida, de Márcio Ramos, que retrata a realidade da vida das mulheres do interior do Nordeste Brasileiro. Se olharmos atentamente para a mensagem implícita na curtametragem, poderemos facilmente transportá-la para imensas situações do nosso quotidiano, especialmente o feminino. A vida que cada uma das mulheres consegue construir para si e para as suas futuras gerações depende dos esforços e lutas que move nesse mesmo sentido.

Bem hajam todas mulheres!
Bem hajam todos os homens que caminham ao seu lado!
Maria Vida, escrito, dirigido e animado por Márcio Ramos Vencedor do 3º prémio Ceará, de Cinema e Video
Retirado de:  http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=_3wD7-0EKtU,

Bibliografia:
APAP (1986). A Comemorar também se aprende. A Regra do Jogo: Porto.

A Equipa da BE/CRE

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