Ai, o amor!... Esse eterno tema que autores das mais diversas expressões e de todos os cantos do mundo cantaram, escreveram e pintaram ao longo dos séculos, não precisa de dia ou hora para ser celebrado.
O amor é, existe simplesmente! No entanto, a «força da moda», que incrementou a efeméride tipicamente anglo-saxónica à lista de festejos do nosso calendário português, impele-nos a registá-la neste espaço.
Pois, recordemos este dia através das palavras sentidas de um dos mais importantes nomes da nossa literatura.
Amor é fogo que arde sem se ver
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;
É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Luís de Camões
Imagem:
O Noivo e a Noiva da Torre Eiffel, 1938-39. Óleo sobre tela, 150 x 136,5 cm. Paris: Museu Nacional de Arte Moderna. [Consult. 2011-02-14]. Disponível na WWW: <URL: http://www.artknowledgenews.com/Marc_Chagall_Monsters.html
Poema:
Amor é fogo que arde sem se ver. In Wikisource. Wikimedia Foundation [Consult. 2011-02-14]. Disponível na www: <URL: http://users.isr.ist.utl.pt/~cfb/VdS/camoes.html.
A Equipa da BE/CRE
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