Equipa da BE/CRE
Declamação na voz de Sabrina Moreira, 6ºD
Balada da neve
Batem leve, levemente, Fico olhando esses sinais
como quem chama por mim. da pobre gente que avança,
Será chuva? Será gente? e noto, por entre os mais,
Gente não é, certamente os traços miniaturais
e a chuva não bate assim. duns pezitos de criança...
É talvez a ventania: E descalcinhos, doridos...
mas há pouco, há poucochinho, a neve deixa inda vê-los,
nem uma agulha bulia primeiro, bem definidos,
na quieta melancolia depois, em sulcos compridos,
dos pinheiros do caminho... porque não podia erguê-los!...
Quem bate, assim, levemente, Que quem já é pecador
com tão estranha leveza, sofra tormentos, enfim!
que mal se ouve, mal se sente? Mas as crianças, Senhor,
Não é chuva, nem é gente, porque lhes dais tanta dor?!...
nem é vento com certeza. Porque padecem assim?!...
Fui ver. A neve caía E uma infinita tristeza,
do azul cinzento do céu, uma funda turbação
branca e leve, branca e fria… entra em mim, fica em mim presa.
- Há quanto tempo a não via! Cai neve na Natureza
E que saudades, Deus meu! - e cai no meu coração.
Olho-a através da vidraça.
Pôs tudo da cor do linho.
Passa gente e, quando passa,
os passos imprime e traça
na brancura do caminho... Augusto Gil, Luar de Janeiro
Bibliografia:
AA. VV. (2008). Poetas de Hoje e de Ontem: Do Século XIII ao Século XXI para os Mais Novos. Lisboa: Chimpanzé Intelectual.
A Equipa da BE/CRE
Este poema é muito conhecido e muito bonito.
ResponderEliminarGostamos de ouvir a menina a recitar o poema.
Adoramos este blog.
Grupo de Alunas do 6ºF
Ainda bem que gostam:)
ResponderEliminarEste blog é para vocês. Continuem a ajudar-nos a animá-lo.
A Equipa da BE/CRE
Adorei ouvir-te Sabrina.
ResponderEliminarEspero ouvir-te de novo em breve.
Acho euma boa ideia terem este glog continuarem acomentar!!!!!!!!!!!!!!!!
ResponderEliminaradoro este blog
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